O desabastecimento da Polimixina, principal antibiótico que mata bactérias multirresistentes, está causando a morte de pacientes que ficaram internados por um longo tempo com ventilação mecânica e outros aparelhos, incluindo sobreviventes da Covid-19, por infecção hospitalar. Um levantamento aponta que o antibiótico está faltando em hospitais públicos e particulares de 13 estados e no Distrito Federal.
No Brasil, cinco empresas têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar a Poliximina injetável. Os laboratórios afirmam que os pedidos aumentaram muito e que por isso, foi preciso prorrogar os prazos de entrega. Até o momento, Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Roraima e São Paulo, estão com falta ou dificuldade de adquirir o antibiótico.
Em maio, a Sociedade Brasileira de Infectologia comunicou à Anvisa “a preocupação da classe médica com o desabastecimento da Polimixina observada em todas as regiões brasileiras há vários meses”. E pediu que os medicamentos fossem considerados prioritários para uso em serviços de saúde. Em junho, a Anvisa autorizou que o remédio fosse importado de forma excepcional e temporária. Com essa liberação, alguns hospitais particulares têm comprado o antibiótico fora do país.
O Ministério da Saúde disse que não há compra centralizada da Polimixina e que os gestores locais são responsáveis pela aquisição do medicamento. Os representantes das empresas que vendem o antibiótico Polimixina, disseram estão empenhados para garantir o aumento da oferta e abastecimento do medicamento nos hospitais públicos e particulares.
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