Corpos de pacientes com Covid-19 precisam ser ensacados e enterrados em caixão lacrado, para evitar a contaminação. Porém, no Distrito Federal, imagens divulgadas por servidores mostram corpos de vítimas do Covid-19 armazenados no chão ou à espera de remoção nos corredores de hospitais.
Nessa segunda-feira (22), 400 pacientes aguardavam por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) e segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde, 96,33% do sistema público de saúde está ocupado. Apenas 12 leitos de UTI para pacientes do Covid-19 estão disponíveis, sendo 5 para adultos.
No Hospital Regional do Guará (HRGu), corpos de pacientes que morreram devido ao novo coronavírus ficaram no chão do necrotério, por falta de espaço, no último sábado (20). Porém, a Secretaria de Saúde afirma que o hospital segue o preconizado no protocolo específico de preparo e armazenamento dos corpos vítimas de Covid-19.
Também no sábado, o corpo de um homem ficou no corredor do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) por pelo menos 24 horas. Imagens da unidade mostram que o cadáver está enrolado em um pano e com secreção à mostra.
“Corpos são colocados nos corredores, sem serem identificados e fora do invólucro próprio para armazenamento”, afirmou Tânia Batista, presidente da Associação das Funerárias do Distrito Federal, (Asfun-DF).
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