Um estudo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que a disseminação do Covid-19 gerou mutações das variantes do vírus que circulam no Brasil e que elas podem ser capazes de escapar parcialmente à imunidade adquirida por indivíduos.
O levantamento genômico identificou mutações preocupantes em 11 sequências do vírus em cinco estados: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná e Rondônia. Essas mudanças apontam que o SARS-CoV-2 está em um processo de evolução e adaptação natural diante do cenário de aumento no número de pessoas com anticorpos.
“Identificamos que linhagens SARS-CoV-2 circulando no Brasil com mutações preocupantes no RBD [domínio de ligação ao receptor] adquiriram, de forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD [domínio do terminal amino] da proteína S. Esses achados apoiam que a contínua transmissão generalizada do SARS-CoV-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes”, aponta o estudo divulgado na última segunda-feira (22).
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