Um surto de gripe inicialmente detectado no Rio de Janeiro, tem se espalhado por vários estados brasileiros. Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, já estão em estado de alerta devido ao alto número de casos.
A tendência é que os vírus da família Influenza se espalhem favorecidos por um cenário que inclui grande circulação de pessoas, baixa cobertura vacinal e poucos indivíduos com anticorpos adquiridos em infecções anteriores.
Os vírus Influenza costumam se disseminar no inverno mas, como nos dois últimos anos, a circulação de pessoas nas ruas foi menor do que o costume por causa da pandemia de Covid-19, os patógenos encontraram espaço para se disseminar agora que as pessoas estão retomando à vida normal.
O Influenza compreende 3 tipos de vírus A, B e C. Os mais importantes são os vírus Influenza A e B. Nos vírus Influenza A se destacam os subtipos A/H1N1 e A/H3N2. Os vírus Influenza B apresentam 2 subtipos. Os atuais surtos parecem estar relacionados ao H3N2.
Uma das preocupações dos especialistas é que a coexistência de dois vírus respiratórios de alta circulação acabe por aumentar a transmissão e as internações hospitalares se as pessoas não buscarem o diagnóstico adequado.
“Existe um termo que ganhou popularidade no exterior chamado twindemic, uma junção das palavras twin (gêmeos) e pandemic (pandemia) que se refere ao fato de dois vírus gripais circularem simultaneamente”, afirma Euclides Matheucci, diretor científico do laboratório DNA Consult e professor de Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O tratamento para os vírus Influenza é feito com medicações sintomáticas como antigripais, analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Os especialistas destacam a importância de garantir a vacinação anual, lembrando que a gripe pode evoluir para quadros mais graves em crianças, idosos, pacientes dos grupos de risco ou com doenças crônicas.
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