O Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) aprovou por unanimidade, na manhã desta sexta-feira (10), um reajuste de 16,38% nos salários dos procuradores da República. O aumento está dentro da proposta de orçamento da instituição e é o primeiro ponto do efeito-cascata produzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também reajustou os salários no mesmo percentual.
Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o reajuste não afetará o orçamento da União, já que os valores seriam remanejados de outras áreas, como tirar verba de obras, reduzir diárias de viagens, passagens aéreas, etc. Ainda assim, funciona na contra mão da opinião pública, tendo recebido várias críticas, como também aconteceu com o STF.
Entre os argumentos estão que o trabalho do MPF vai aumentar neste ano, já que tem eleições. O conselheiro Mario Bonsaglia, por sua vez, foi mais direto e disse que o órgão pode fazer isso, já que o STF também fez: “o reajuste é um verdadeiro imperativo constitucional em face da paridade com a magistratura. Não é possível não contemplar o reajuste. Se ele vai ser aprovado ou não, o Parlamento decidirá”.
Atualmente o salários do procuradores varia entre R$ 28 mil e R$ 33,7 mil.
Da Redação com G1
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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