Nesta quinta-feira (29), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse que a auditoria aberta para apurar eventuais irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin não detectou irregularidades no preço, nem nos prazos processuais do acordo. Porém, o ministério da Saúde decidiu cancelar o contrato.
Wagner Rosário informou que o preço estabelecido no contrato “encontrava-se aderente aos preços da empresa a nível mundial”, e o prazo dos processos apresentaram velocidade “dentro do normal”.
“A conclusão do nosso trabalho ao término de tudo o que foi realizado é que o preço da vacina Covaxin encontra-se aderente ao preço praticado pela empresa em suas negociações a nível mundial (US$ 15). A contratação de 20 milhões de doses, em que pese você estar com uma incompletude de informações no processo, ela realmente foi contratada para suprir a incerteza do cumprimento do cronograma”, disse.
“Em relação a celeridade do processo, a celeridade foi dentro do normal inexistindo qualquer tipo de aceleração de etapas ou mesmo de não cumprimento de procedimentos legais”, complementou o ministro.
O contrato da Covaxin se tornou alvo da CPI da Covid no Senado e do Ministério Público Federal depois que o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciaram “pressão atípica” dentro da pasta pela aceleração da compra da vacina.
A Polícia Federal investiga se o presidente Jair Bolsonaro cometeu prevaricação no caso, pois os irmãos Miranda afirmaram que se reuniram com o presidente para relatar a situação e não foram tomadas medidas. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento a Polícia Federal nesta quinta (29), no inquérito que investiga o presidente.
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