Um estudo publicado hoje (14), na revista científica Nature, aponta que algumas regiões da floresta amazônica estão emitindo mais carbono do que conseguem absorver. O dióxido de carbono é um dos gases que agravam o efeito estufa. Segundo Luciana Vanni Gatti, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e autora do artigo, em 2018 mais de 60% do gás carbônico saiu da própria floresta e não das queimadas.
O estudo indica que as emissões totais de carbono são maiores na Amazônia oriental do que na parte ocidental, sendo a parte sudeste da Amazônia a mais comprometida, pois atua como uma fonte líquida de carbono (fluxo total de carbono menos as emissões do fogo) para a atmosfera.
Ainda de acordo com Gatti, com o aumento da temperatura causando agravamento do desmatamento, as árvores deixam de fazer fotossíntese e passam apenas a emitir os gases para a atmosfera, e não mais absorvê-los. “O nível de desmatamento em que estamos torna a condição climática impossível para uma floresta tropical úmida”, explicou ela.
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