O governo francês recuou, após a onda de protestos que se espalhou pelo país e anunciou a suspensão do aumento dos impostos dos combustíveis.
“Os franceses que vestiram coletes amarelos querem que os impostos caiam. Isso também é o que nós queremos. Se eu não conseguisse explicar isso, se a maioria governista não conseguisse convencer os franceses, então algo precisa mudar”.
O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, anunciou uma moratória de seis meses para o aumento do imposto dos combustíveis. A medida, conhecida como “tributação ecológica”, entraria em vigor em 1º de janeiro e seu anúncio levou à protestos massivos dos “coletes amarelos” que resultaram na prisão de centenas de pessoas e em pelo menos três mortes nas últimas semanas.
“Essa raiva, você precisaria ser surdo ou cego para não vê-la ou ouvi-la” Edouard Philippe
Os aumentos previstos nos preços do diesel e da gasolina não seriam os primeiros. Eles faziam parte de um programa de controle ao uso de carros e tinham, entre outras finalidades, diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO²), a dependência do petróleo e, ainda, acenar positivamente para a comunidade internacional diante do Acordo de Paris.
Na prática, o diesel deveria subir 6,5 centavos de euro, enquanto a gasolina subiria 2,9 centavos. Com a suspensão, o governo abre mão, ao menos por enquanto, de arrecadar 3 bilhões de euros anualmente.
Da redação
Foto:pbs.org
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