A crise desencadeada pelo preço absurdo do óleo diesel no Brasil (um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo) gerou uma série de debates e discussões nas redes sociais, notadamente no whatsapp, discussões estas que migraram do campo econômico para o campo político.
Uns advogavam a causa de um golpe pela via militar (batizado com o eufemismo de “intervenção militar”), outros pediam “renúncia e eleições já”. Ambas as propostas na contramão dos preceitos democráticos regidos pela Constituição em voga no Brasil.
A história tem provado no mundo inteiro que não há saída para os destinos de uma nação fora da democracia. As exceções que conhecemos, Cuba, Coréia do Norte, Albânia, Tailândia e outras poucas que ainda insistem nos sistemas opressores que impõe governantes na base de “eleições” simbólicas ou pura e simplesmente a nomeação por decreto dos inquilinos do poder, são realmente exceções que confirmam a regra.
Os Estados Unidos são um exemplo onde a democracia já ultrapassa os 200 anos como sistema e os resultados estão aí para quem quiser ver, no desenvolvimento, na economia, na ciência, na educação, no esporte, na cultura e nas artes.
No próximo mês de outubro teremos eleições livres no Brasil, esse é o momento de expor as ideias e programas de governo, colocar de forma transparente e limpa (como pede a democracia) os argumentos que sustentam as candidaturas em disputa, debater e dialogar com a população, participar do processo eleitoral respeitando todas as regras do jogo e, sobretudo, aceitando democraticamente o resultado final dessa gigantesca consulta popular.
A poeira da “crise dos caminhoneiros” começa a baixar, agora é o momento da serenidade, da reflexão, do discernimento, da consciência e da razão versus o açodamento e a irracionalidade.
Se a sociedade quer um presidente com uma formação militar, o que inclui disciplina, patriotismo, obediência a hierarquia(no caso a Constituição), respeito ao bem público, fidelidade a população e compromisso de honra com as propostas de governo apresentadas, esse candidato existe e a melhor maneira de colocá-lo na presidência é através da eleição.
É tempo, mais que nunca, de exercer o sagrado direito do voto, é tempo de democracia.
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