A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira, 13, Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. O depoimento foi requerido pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Emanuela conduziu oficialmente as tratativas para a aquisição do imunizante, fabricado pelo laboratório Bharat Biotech – foi ela, por exemplo, quem enviou ao Ministério da Saúde a invoice (nota fiscal) que previa o pagamento antecipado de US$ 45 milhões a uma offshore de Cingapura, a Madison Biotech, empresa que não constava no contrato assinado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro com a Precisa.
Na última segunda-feira, 12, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, autorizou Emanuela a ficar em silêncio e não produzir provas contra si mesma. Entretanto, ela terá que responder quando questionada sobre fatos que envolvam terceiros. Integrantes da comissão ouvidos pela Jovem Pan avaliam que a oitiva de hoje é uma das mais importantes desta nova fase de investigações.
Para os parlamentares, Medrades é “a face visível” de um negócio que possui indícios de irregularidades. O caso Covaxin entrou na mira da CPI após a denúncia apresentada pelos irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Eles se reuniram com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e apresentaram documentos que evidenciavam os supostos desvios do processo.
Fonte – Jovem Pan
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