Devido a repercussão negativa no mercado financeiro e entre os empresários, que criticam a proposta enviada pela equipe econômica do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira afirma que não colocará em votação reforma tributária enquanto não estiver madura.
“Sobre a reforma tributária, é importante dizer que o conceito está indo no caminho certo para corrigir distorções. Não teremos postura arrecadatória. O Congresso Nacional terá a serenidade para melhorar os conceitos de simplificar, desburocratizar e dar segurança jurídica”, declarou em seu perfil oficial no Twitter.
Para o advogado tributarista, Cláudio Leite Pimentel caso o texto seja aprovado da forma que está, haverá um desestimulo ao investimento e elevação da carga de impostos na maioria das áreas produtivas do país, incluindo o agronegócio.
“Em empresas do lucro real vai depender do setor, mas vamos pegar hotéis, eles vão ter um aumento entre 20% e 30%. Agronegócio vai ter um aumento brutal, o agronegócio vai ser atingido em alguns setores com a primeira e a segunda fase da reforma tributária em até 70%”, afirmou.
O governo alega que haverá uma simplificação. De acordo com o ministro Paulo Guedes, a proposta leva a um equilíbrio. “O que nós fizemos foi: vamos tributar os rendimentos de capital em aproximadamente R$ 60 bilhões, R$ 40 bilhões devolvemos para as empresas e R$ 20 bilhões nós desoneramos o assalariado de baixa renda. É relativamente simples”, disse. A avaliação é que a carga tributária tem que ser aliviada a fim de estimular as empresas a investir, após as dificuldades provocadas pela pandemia do coronavírus.
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