O ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba, foi denunciado mais uma vez na Operação Lava Jato. A Força Tarefa da Operação em São Paulo apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como suposto beneficiário de uma relação entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa no país. Segundo a Lava Jato, Lula teria recebido R$ 1 milhão.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu a quantia em forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula, entre setembro de 2011 e junho de 2012. Sendo assim, a denúncia é de lavagem de dinheiro pelo ex-presidente usando o instituto como via. Até agora, o Instituto Lula não se posicionou.
Além de Lula, o MPF denunciou o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele.
A investigação do MPF apontou que as negociações tiveram início entre setembro e outubro de 2011. Para que a ARG permanecesse no hall de contratos de Guiné Equatorial, Geo pediu que Lula intervisse junto a Teodoro Obiang, presidente da Guiné Equatorial. Entre as provas estão e-mails encontrados em computadores do Instituto Lula, que foram apreendidos na Operação Aletheia, em março de 2016.
Um e-mail, em especial, aponta a relação entre a ARG, Lula e o Instituto. No texto, datado de 5 de outubro de 2011, o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula, Miguel Jorge, escreve para Clara Ant, diretora do Instituto Lula, e confirma que o ex-presidente havia dito a ele que gostaria de falar com Geo sobre o trabalho da empresa na Guiné Equatorial. O MPF apontou que Miguem Jorge dizia que a ARG estava disposta a fazer uma contribuição financeira “bastante importante” ao instituto do ex-presidente.
Da Redação
Foto: Reprodução
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